Após tratarmos da chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil, achei importante trabalhar algo relacionado à cultura artística lusitana que tivesse sido incorporado à visualidade brasileira. Os azulejos portugueses me pareceram um bom elemento para fazer essa ligação, pois até hoje é comum ver fachadas de casas, especialmente na periferia, recobertas por cerâmica – em muitos casos de gosto duvidoso. Mas de qualquer modo esse aspecto estético reflete um dos partidos da arquitetura portuguesa do período colonial.
Apresentei algumas imagens de porcelana portuguesa (veja aqui) e chamei atenção para a questão do uso da cor azul em fundos brancos como algo quase emblemático da produção de azulejos. A própria palavra AZULejo já é um afirmação desse esquema monocromático.
Usamos quadrados de 20 x 20 cm de papel cartão paraná cobertos com duas camadas de tinta guache branca. Em seguida os alunos desenharam padrões usando grafite e pintaram com tinta guache azul. Cada aluno criou seu próprio azulejo, então pedi para imaginarem como funcionariam em conjunto, ou seja, era necessário pensar nas relações de simetria e continuidade ao fazer o projeto (design), como se os azulejos fossem ser produzidos em série.
Clique aqui e veja mais imagens do trabalho.
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